quarta-feira, 7 de abril de 2010

Ele me colocou na escola com apenas dois anos de idade, me levou e buscou ao colégio por pelo menos 15 anos, me ajudou com a matemática para passar no vestibular, sempre me incentivou a fazer natação, aulas de música ou inglês, me apoiou para deixar Prudente e virar jornalista, dá opiniões sobre meu trabalho e compra o jornal para ler minhas matérias. Para que eu pudesse fazer tudo isso, dava 60 aulas por semana, deixou de comprar carros novos, foi o homem moderno que nos anos 80 cuidava dos filhos, à noite, para a esposa trabalhar e até hoje leva super a sério os compromissos profissionais. Aí, na sexta-feira da Paixão, meu pai, comentando as peripécias de familiares não muito chegados à labuta, me diz que "tanto faz ser cigarra ou formiga, porque, no final, todo mundo morre igual". Depois dessa, cheguei à conclusão que os pais realmente sabem a hora certa de dizer as verdades da vida aos filhos. Imagina se ele tivesse me contado isso aos 17 anos?
*Por sorte, ou por "criação", a verdade é que de vez quando viro cigarra e danço break ou os passinhos da Pink Dink Doo sob luzes estroboscópicas. Porque não dá para viver só de formigadas, né?

3 comentários:

Fabio Ciquini disse...

Eu sou total cigarra!! e grilo falante também!! haha

Carol disse...

hahahaha, total grilo falante. E praticamente a versão masculina e bruta da sherezade!

mari disse...

eu estava lá no momento do conselho e, mesmo tendo um pai só meu, também aproveitei a lição de moral heheh