terça-feira, 9 de março de 2010

No primeiro parágrafo de Moby Dick, o marinheiro Ismael, que narra a história, diz que "sempre que sinto na boca um amargor e a alma como se fosse um dia de novembro úmido e chuvoso; sempre que me pego involuntariamente parado diante de empresas funerárias ou a seguir pelas ruas os enterros que encontro e especialmente sempre que minha hipocondria adquire tal domínio sobre mim que é preciso um sólido princípio moral para impedir-me de sair de modo deliberado para a rua e metodicamente surrar as pessoas, significa que é sempre chegado o momento de ir para o mar o mais depressa possível." Estou há alguns dias pensando sobre isso. Porque, claro, tem horas que também sinto impulsos de fugir pro "mar" para não cometer barbaridades. Mas, diferentemente do marinheiro, não tenho uma válvula de escape tão materializada para recorrer nesses momentos. Não há um "mar" na minha vida. E na sua?

3 comentários:

Fabio Ciquini disse...

estou à procura do meu mar rsrsr
por enquanto bebo cervejas

Carol disse...

Cervejas não deixam de ser uma espécie de mar passageiro, hehe.

mari disse...

eu não tenho um mar propriamente dito, mas fujo, constantemente...taõ constantemente que tornou-se hábito...